Caatinga (do tupi: ka'a [mata] + tinga [branca] = mata branca) é o único bioma exclusivamente brasileiro, o que significa
que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum
outro lugar do planeta. Este nome decorre da paisagem esbranquiçada
apresentada pela vegetação durante o
período seco: a maioria das plantas perde as folhas e os troncos tornam-se
esbranquiçados e secos.
A caatinga
ocupa uma área de cerca de 844.453 quilômetros quadrados, o equivalente a 11%
do território nacional. É uma formação vegetal que podemos encontrar na
região do semi-árido nordestino. A Caatinga ocupa a totalidade do estado do
Ceará e parte do território de Alagoas, Bahia, extremo norte de Minas Gerais,
Paraíba, Pernambuco, sul dos estados Piauí e Maranhão, Rio Grande do Norte e
Sergipe.
De acordo
com o IBGE, 27 milhões de pessoas vivem atualmente no polígono das secas. A
extração de madeira, a monocultura da cana-de-açúcar e a pecuária nas grandes
propriedades (latifúndios) deram origem à exploração econômica. Na região da
Caatinga, ainda é praticada a agricultura de sequeiro.
A caatinga
é típica de regiões com baixo índice de chuvas (presença de solo seco).
Os
ecossistemas do bioma Caatinga encontram-se bastante alterados, com a
substituição de espécies vegetais nativas por cultivos e pastagens. O
desmatamento e as queimadas são ainda práticas comuns no preparo da terra para
a agropecuária que, além de destruir a cobertura vegetal, prejudica a
manutenção de populações da fauna silvestre, a qualidade da água, e o
equilíbrio do clima e do solo. Aproximadamente 80% dos ecossistemas originais
já foram antropizados.
As
principais características, vegetações e animais da caatinga são:
·
forte
presença de arbustos com galhos retorcidos e com raízes profundas;
·
presença
de cactos e bromélias;
·
os
arbustos costumam perder, quase que totalmente, as folhas em épocas de seca
(propriedade usada para evitar a perda de água por evaporação);
·
as
folhas deste tipo de vegetação são de tamanho pequeno;
·
o
solo da caatinga apresenta baixa fertilidade, além de ser pedregoso.
·
Arbustos:
aroeira, angico e juazeiro;
·
Bromélias:
caroá;
·
Cactos:
mandacaru, xique-xique e xique-xique do sertão.
Em função da criação de gado extensivo na região, pesquisadores estão alertando para a diminuição deste tipo de formação vegetação. Em alguns locais do semiárido já são encontradas regiões com características de deserto.
A Fauna
da caatinga, ao contrário do que muitos pensam, é muito rica. Existem centenas
de espécies vivendo neste bioma. Levantamentos
sobre a fauna do domínio da Caatinga revelam a existência de 40 espécies de
lagartos, sete espécies de anfibenídeos (espécies de lagartos sem pés), 45
espécies de serpentes, quatro de quelônios, uma de Crocodylia, 44 anfíbios
anuros e uma de Gymnophiona. Podemos citar entre as principais:
·
Veado-catingueiro;
·
Preá;
·
Gambá;
·
Sapo-cururu;
·
Cutia;
·
Tatu-peba;
·
Ararinha-azul;
·
Asa-branca;
·
Sagui-de-tufos-brancos;
·
Pica-pau-anão-da-caatinga.
Fontes:
http://www.ibflorestas.org.br/bioma-caatinga.html?keyword=caatinga&creative=46207323236&gclid=Cj0KEQjw0IvIBRDF0Yzq4qGE4IwBEiQATMQlMXaXt5PQRx_Gpql_6xpJ-NyBglZwiDKOeN1gUV6ctoYaAmLI8P8HAQ
http://www.mma.gov.br/biomas/caatinga
Nenhum comentário:
Postar um comentário