Algumas
empresas entenderam que só lucro não é o objetivo único de sua existência, é
possível fazer mais que dar lucro e ainda sair ganhando e logicamente aqui não
estamos falando de filantropia. Mas qualquer grande empresa sabe que esse
assunto é importante para sua marca, no mínimo.
A
Responsabilidade Social das Empresas (RSE) teve Início na década de 19 60 e se proliferou
nos EUA; esta motivação se deu pela busca de maior conscientização de segmentos
da sociedade em relação à responsabilidade do empresariado na preservação do
meio ambiente e dos direitos dos consumidores.
Essa
mudança de modelo empresarial representa uma transição de um desenho atrelado
às ações empresariais voltadas especificamente para os altos ganhos financeiros
e materiais, que também considera os valores sociais e espirituais que superam
o ganho material.
Deste
modo, o progresso passa ter um novo caminho e não é mais avaliado apenas sob o
fator produto ou do lucro, mas também sobre o processo e o contexto no qual o trabalho ocorre e a forma
que isso tem reflexos positivos ou negativos.
A
Responsabilidade Social e Ambiental deve ser vista e entendida em uma
perspectiva multidimensional, devido às várias possibilidades de uso. Três
dimensões que podem ser consideradas muito importantes para esta construção: A
primeira pode ser o envolvimento das questões políticas, no sentido da postura
ética dos legisladores em seus diferentes níveis federativos. Segundo, podem
estar ligados às questões econômicas com os envolvimentos dos agentes, tanto os
produtores como os consumidores. Em terceiro passo, pode estar interligado a
questões sociais, definidas nas questões das desigualdades sociais. Para que os
resultados sejam atingidos é fundamental a existência de uma consciência
empresarial responsável, para que haja possibilidade de engajamento de todos no
processo de desenvolvimento, com objetivos claros e transparentes.
Para os
efeitos da norma Abnt Nbr 16001 (2004, p.3), aplicam-se as seguintes definições:
a) Ação
social: Atividade voluntária realizada pela organização em assistência social, alimentação,
saúde, educação, esporte, cultura, meio ambiente e desenvolvimento comunitário.
b)
Aspecto da responsabilidade social: Elemento das relações, processos, produtos,
e serviços de uma organização, que podem interagir com o meio ambiente,
contexto econômico e contexto social.
c)
Desempenho da responsabilidade social: Síntese dos desempenhos ambientais, econômicos
e sociais da organização, de forma integrada, levando-se em consideração todas
as partes interessadas.
d)
Desenvolvimento sustentável: Desenvolvimento que supre as necessidades do presente
sem comprometer a capacidade das gerações futuras em supri-las.
e)
Diretrizes: Conjunto de instruções ou indicações de como se tratar e levar o
termo, da melhor maneira possível, às ações necessárias ao atendimento de um
plano preestabelecido ou aos requisitos de uma norma.
f)
Governança: Sistema pelo qual organizações são dirigidas e controladas.
g)
Impacto: Qualquer modificação do meio ambiente, contexto econômico ou contexto social,
adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte das relações, processos, atividades,
produtos e serviços de uma organização. Nota: o termo “dano” é comumente usado
para referir-se a um impacto adverso.
h) Meta
da responsabilidade social: Requisito de desempenho detalhado, sendo
quantificado
sempre que exequível e aplicável à organização ou à parte dela, resultante dos
objetivos da responsabilidade social, que necessita ser estabelecido e atendido
para que tais objetivos sejam atingidos.
i)
Objetivos da responsabilidade social: Propósito da responsabilidade social, decorrente
da política da responsabilidade social, que uma organização se propõe a atingir,
sendo qualificado sempre que exeqüível.
j)
Transparência: Acesso, quando aplicável, das partes interessadas às informações
referentes às ações da organização.
A mudança
no ambiente de negócios das empresas, do ponto de vista social e político, e o
resultado de seu impacto na administração, têm mudado a forma pela s quais os administradores
geram seus projetos e provocam uma modificação na definição de papéis, e é isso
que a sociedade espera dos administradores no comando das organizações. Nesse
sentido, para Anderson, citado por Donaire (1999; p.18) nos ensina: “A
principal alteração que se verifica atualmente é a percepção das corporações
sobre o papel que desempenham na sociedade. A corporação não é mais vista como
uma instituição com propósitos simplesmente econômicos, voltada apenas para o desenvolvimento
e venda de seus produtos e serviços. Em face de seu tamanho, recursos e impacto
na sociedade, a empresa tem grande envolvimento no acompanhamento e na participação
de muitas tarefas sociais, desde a limpeza das águas até o aprimoramento cultural
e espera-se que ocorra um alargamento de seu envolvimento com esses conceitos ́não
econômica’ no futuro, entre eles proteção e qualidade de vida nas comunidades
em que estão e onde fazem seus negócios”
PARÂMETROS
Nos anos
subsequentes às conferências, surgiram movimentos cobrando por mudanças
sociais, científicas e tecnológicas. Muitas
empresas iniciaram uma nova postura em relação ao meio ambiente refletidas em
importantes decisões e estratégias
práticas, segundo o autor Melo Neto (2001)
tal postura fundamentou-se nos seguintes parâmetros:
- Bom relacionamento com a comunidade;
- Bom relacionamento com os
organismos ambientais;
- Estabelecimento de uma política
ambiental;
- Eficiente sistema de gestão ambiental;
- Garantia de segurança dos empregados e das
comunidades vizinhas;
- Uso de tecnologia
limpa;
- Elevados investimentos em
proteção ambiental;
- Definição de um compromisso ambiental;
- Associação das ações
ambientais com os princípios estabelecidos na carta para o desenvolvimento
sustentável;
- A questão ambiental como
valor do negócio;
- Atuação ambiental com base
na agenda 21 local;
- Contribuição para o
desenvolvimento sustentável dos municípios circunvizinhos.
ADESÃO
Atualmente,
muitas empresas enxergam a responsabilidade socioambiental como um grande negócio, são duas vertentes que se destacam
neste meio:
- Primeiramente, as empresas
que investem em responsabilidade socioambiental com intuito de motivar
seus colaboradores e principalmente ao nicho de mercado
que preferem pagar mais por um produto que não viola o meio ambiente e
investe em ações sociais;
- A segunda vertente
corresponde a empresas que investem em responsabilidade socioambiental com
o objetivo de ter materiais para poderem investir em marketing e passar a imagem que a
empresa é responsável socioambientalmente. Esta atitude não é considerada ética por muito autores que condenam
empresas que tentam passar a imagem de serem éticas, porém na realidade
estão preocupadas apenas com sua imagem perante aos consumidores.
Apesar de
ser um tema relativamente novo, o número de empresas que estão aderindo a
responsabilidade socioambiental é grande e a tendência é que este número
aumente cada dia mais.
Fonte: WIKIPEDIA / Palhares, J. M; Nagata, N. RESPONSABILIDADE
SOCIAL E AMBIENTAL DAS EMPRESAS - UM ESTUDO DAS AÇÕES PRATICADAS PELA ITAIPU
BINACIONAL. 2010.
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