De maneira geral, dentre todos os elos que
compõem a cadeia produtiva agroindustrial, a produção agropecuária é o elo
menos profissionalizado. O principal problema não se encontra nas técnicas
agropecuárias que, dentro da realidade de cada produtor, estão plenamente
disponíveis. Ele reside, sobretudo, na compreensão do funcionamento dos
mercados, que impõe articulação com os segmentos pré e pós-porteira, novas
formas de negociação e práticas de gestão do processo produtivo. Tal
deficiência provoca impactos negativos no desenvolvimento desse segmento e,
conseqüentemente, na sua cadeia agroindustrial.
A gestão eficiente de
qualquer formato de negócio é o pilar fundamental para que qualquer projeto
consiga ter um bom desenvolvimento.
Empreendedores de negócios rurais enfrentam várias
dificuldades diante do desafio de gerir um empreendimento ou empresa deste
setor. O primeiro passo é iniciar um planejamento do negócio, levantando os
principais pontos que podem ser considerados os desafios com maior destaque ou
problemas para a gestão.
A gestão rural se
caracteriza por um conjunto de atividades para o melhor planejamento,
organização e controle das atividades do ponto de vista financeiro, auxiliando
para a tomada de decisão, de modo que o produtor possa gerenciar as atividades,
maximizar a produção, minimizar os custos, na busca de melhores resultados
financeiros. A partir de uma rotina de boa gestão, o produtor se organiza e
planeja suas ações definindo a quantidade de capital e a qualidade de seus
investimentos com menor chance de falhas.
Além da questão financeira, a gestão da agropecuária engloba também o fator zootécnico, fitossanitários, entre outros. Isso significa que o produtor precisa
conhecer todos os fatores que compõe o processo produtivo, desde a alimentação
dos animais, deficiências do solo, adubações, etc, passando pela questão reprodutiva, produtiva e sanitária e finalizando na
adoção de medidas que visam a melhor qualidade do produto final.
Para uma boa gestão agropecuária, é necessário coletar o
maior número de registros diários da fazenda, inicialmente. A coleta
desses dados deve ser realizada de forma contínua, ou seja, a anotação das
ocorrências deve fazer parte do dia a dia da propriedade.
Posteriormente, em momentos pré-estabelecidos, analisando
as planilhas de controle já preenchidas, é possível estabelecer os índices de
desempenho agropecuários. Ao realizar a correta interpretação destes índices que são fundamentais para avaliar o desempenho da atividade, o
produtor terá um grande auxílio na tomada de decisão, conseguindo ter a decisão
mais consciente. Mas, para isso, é interessante que o produtor busque o auxilio
de um técnico especializado, sendo este, mais um diferencial na correta
interpretação dos resultados e consequente melhor administração da atividade.
Neste
contexto, pode-se dizer que a gestão de uma empresa rural é um processo de
tomada de decisão que avalia a alocação de recursos escassos em diversas
possibilidades produtivas, dentro de um ambiente de riscos e incertezas
características do setor agrícola. Independentemente do seu tamanho, o
gerenciamento da propriedade rural é um dos fatores indispensáveis para
alcançar o desenvolvimento sustentável da propriedade como um todo. Para tanto,
SANTOS e MARION (1996) definem a missão do administrador rural da seguinte
maneira: “O principal papel do administrador rural é planejar, controlar,
decidir e avaliar os resultados, visando à maximização dos lucros, à permanente
motivação, ao bem-estar social de seus empregados e à satisfação de seus
clientes e da comunidade” (1996, p. 16). De forma a operacionalizar o papel do
administrador rural, pode-se caracterizar suas funções a partir de processos
gerenciais. Entre os principais processos gerenciais existentes em
estabelecimentos de produção agrícola estão: - Os processos de
definição/identificação dos mercados a serem atendidos, de entrega/distribuição
dos produtos e de atendimento aos clientes; - Os processos de produção
propriamente ditos, como quais os produtos a serem produzidos e em quais
quantidades; e, - O processo de suprimento da empresa, ou seja, a aquisição dos
recursos necessários (naturais, físicos, financeiros, tecnológicos e humanos).
O Enfoque
Sistêmico tem a ideia de que o comportamento de todos os sistemas seguem certos
princípios semelhantes. No campo da administração, BATEMAN e SNELL (1998)
revelam os seguintes conceitos chaves do enfoque sistêmico: - A organização é
vista como um sistema aberto; - A administração deve interagir com o ambiente
para recolher os insumos e devolver a ele os resultados de sua produção; - Os
objetivos organizacionais devem abranger a ambos, eficiência e eficácia; - As
organizações contêm uma série de subsistemas; - Existem muitos caminhos para o
mesmo resultado; - Há sinergias, em que o todo é maior do que a soma das
partes.
A organização é a
chave para quem pretende melhorar a gestão da propriedade
Para melhorar a gestão das atividades da fazenda, o
produtor pode fazer uso de planilhas em computador ou até mesmo planilhas de
papel. Há também a opção de adquirir programas de computador (software)
especializados na gestão geral, sendo que estes demandam um valor de
investimento um pouco maior, porém apresentam grande eficiência. Quando falamos
em gestão, a ORGANIZAÇÃO é o fator primordial na busca de gestão rural
eficiente. O pecuarista deve ser, acima de tudo, organizado para conseguir
gestões eficazes.
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